“Os Tentáculos”.
Mandam as regras da boa culinária que os
tentáculos possam ser grelhados, cozidos, fritos e albardados, menos ingeridos
crus (pelo menos que eu saiba).
Os tentáculos de polvo, de lula/pota, tanto faz,
são gostosos e acompanham bem com legumes, massas e arroz ou até simples, num
aperitivo para o fim da manhã ou da tarde…
Mas “a porca torce o rabo” quando os tentáculos
são socialmente políticos ou religiosos, ou ambas as coisas casadas,
conveniente!
Os tentáculos nacionais, os tentáculos
europeus, americanos, africanos não nos apetecem pelas indigestões que nos
causam, pelo definhamento a que nos submetem e pelo condicionamento da
liberdade que temos.
Não é o acaso nem a necessidade de desculpas ou
desabafos que nos servem de sobremesa, como remédio ou unguento para uma doença
“desconhecida”, que soa já a pandemia, e o incrível é que o pessoal se encontra
numa espécie de letargia confusa e perdida.
Já experimentei pesquisar na História de
Portugal, para estabelecer qualquer tipo de paralelismo com situações
hipoteticamente semelhantes, mas confesso que só contribuí para me considerar
mais ignorante:
Para não recuar mais, aconteceu o fim da monarquia
em 5 de Outubro de 1910, com a responsabilidade de políticos, maçónicos e
outros grupos institucionais e avulsos, e implantou-se a República; Após um
período chamado de “ditadura”, o famoso e incómodo Estado Novo, veio a revolução
de 25 de Abril de 1974, a denominada Revolução dos Cravos, de cuja ideologia
política – a democracia, ninguém compreende muito bem, chegando a confundi-la
com corrupção, oportunismo, tráfico de influências, compadrio, peculato e tudo
o mais que os tribunais arquivam e prescrevem, julgados crimes impunes (toda a
classe política está comprometida aos olhos dos portugueses, porque sabem quem
são os “inocentes” dos “cambalachos”); Aderiu-se à Comunidade Europeia em 01 de
Janeiro de 1986 e o luso-europeu começou a votar para um Parlamento,
desconhecendo o que os eurodeputados que elegia faziam em Bruxelas; Realizou-se
em 07 de Fevereiro de 1992 o Tratado de Maastricht, cujo teor ainda constitui
ignorância total da maior parte dos eleitores Lusos; Seguiu-se o Tratado de
Amesterdão em 2 de Outubro de 1997 e a “malta”, patavina; Tratado de Nice em 26
de Fevereiro de 2001, idem de conhecimento (neste caso, da falta dele); Por
último, até ao momento, rematou-se com o Tratado de Lisboa (também conhecido
por “Porreiro Pá!”) em 13 de Dezembro de 2007, onde o português comum capitaliza
e termina o seu desconhecimento absoluto, do que quer que seja da Comunidade
Europeia em geral e do seu País em particular!
Restam “Os Tentáculos”.