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quinta-feira, 7 de março de 2013

A Caixa da Ferramenta.


 
Crise, crise, crise é uma palavra moderna,
Muito utilizada pela maioria dos portugueses
(aqui dispenso os outros europeus pois,
Cada um “coça-se onde lhe morde” – dizem).
Temos a crise económica, da identidade, social,
Da insegurança e do crescente desemprego
E temos, forçosamente de chamar os bois
Pelos seus nomes, por têrmo-los sempre à perna!
Está mau… muito mau e cada vez pior…
Marginalizando por ora os criminosos políticos,
Como se diversos males não nos bastassem
E os riscos que assumo não fossem elevados,
Mesmo assim contar-vos-ei casos sem igual
Como um romeno que diariamente faz peditório
Em frente de uma porta de supermercado,
Mas com horário que não o da entrega de mercadoria,
Para ajudar os fornecedores e ser pago pelo trabalho;
Se ele é doido?! Estender a mão aos que passem
Resulta em boa receita num dia lindo e solarengo.
Sentado no chão saúda os mal-aventurados
Que contribuem para a salvação de eventual pecado.
Mais á frente, a caixa da ferramenta “esquecida”
Junto á porta da escola a aguardar possível utilizador…!
Dormiu lá de ontem para hoje, sem ser apetecida.
Afinal maltratar e assaltar idosos não é purgatório
E com os impostos dos outros vive-se descansado.
Tudo por culpa de se ter dobrado o Cabo Bojador
E descobrirem-se verdades que se contradizem.
A caixa da ferramenta, até lá pode ficar meses…

 
Joantago

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