Tocar a vida, para ouvir o som do pensamento.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Ser ou não ser?


Não sei se me preocupe mais com tantos gatunos
Que me assaltam a estabilidade e os sacrifícios
Da minha vida, as possibilidades da minha felicidade,
O garante imprescindível do sustento da minha família,
A hipótese da manutenção de um País rico de glória,
O orgulho pela opção da minha nacionalidade,
O respeito necessário do mundo que nos conhece,
A autonomia e a liberdade dos meus concidadãos
E a minha independência, como um direito humano…!
Ou se a minha preocupação deva ser tudo o descrito,
Acrescida pelo tratamento de autêntica celeridade
Com que a justiça, ou o sistema, ou os seus vícios
Contidos numa lei que apenas se nota e exerce,
Nos trâmites burocráticos sobre os maus alunos
Que não se formaram devidamente na criminalidade:
Os “pintas” dos multibancos, que são a escória
E povoam os estabelecimentos prisionais nacionais;
Os famintos que roubam bolachas nos supermercados;
Os empresários falidos nos seus investimentos…
E os verdadeiros ladrões, nem sequer são castigados,
Silenciados pelos parasitas, aparentemente isentos,
Que fingem desconhecer-lhes os desfalques badalados
Com ênfase, sensacionalismo e adequado nos jornais.
Eis a questão: Ser ou não ser, mais um indignado?!

 
Joantago

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Amêndoa Amarga.


Parece que começamos a perceber uma das muitas e estranhas estratégias que os políticos optaram para nos governarem. Ora veja-se:
- Primeiro criam uma Lei, aplicam-na e, depois, sondam a opinião pública para saber o impacto da mesma (sobretudo) na “carteira dos contribuintes”;

- A seguir recorrem a um tipo de paternalismo do género «pronto, pronto, nós vamos arranjar um subsídio (“uma atençãozinha”)», para atenuar os efeitos da “dita” Lei e, que raio, é preciso “ser-se sensível” aos sacrifícios do povo!

Escrito de outra forma, vamos todos ao ginásio e, sem fazermos alguns exercícios de aquecimento, “atiramo-nos” aos alteres, estafamos os músculos com distensões e depois gastamos uma nota preta para tratarmos a lesão contraída…!
Agora, com uma cefaleia proveniente da análise desta situação, ainda estou para “descobrir” o porquê da pressa de fazermos parte da Comunidade Europeia, para sermos, generosamente, colonizados a troco de uns trocozitos com que os nossos representantes políticos são gratificados, para obterem o seu dourado pé-de-meia!

Mas, alto lá! A Alemanha não é o “papão”, o “bicho mau” nem o vampiro que muitos consideram! Para ajudarem a “limpar” a prestação disciplinada e conveniente dos nossos políticos, está a levar-nos autênticas excursões de quadros técnicos, para “novas oportunidades” de emprego, esvaziando-nos o País do essencial e vital suporte de sobrevivência económica. Ficamos nós, os conformados, os sentenciados, os expiadores…
Ao meu pessimismo sinto-o como premonição de que dentro de pouco tempo, após este vazio de valores e alternativas, possamos reunir as condições necessárias, para finalmente sermos aniquilados como os receptores do lixo da Europa dos Fortes.

Se não podemos competir com eles, enfim, juntemo-nos e sujeitemo-nos ao seu poder e á sua vontade!
Bem hajam aos nossos políticos que nos mostram a Lei da Selva! 

Joantago    

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Imediaticamentado.


 
Decidi cultivar e optar pela ignorância
Quando me vir confrontado com o assalto
À minha tranquilidade de espírito.
Porque acontece ouvir notícias do País,
Num atentado à saúde mental dos ouvintes
Recuso-me categoricamente a dar importância
A novelas de escândalos dos mais vis,
Submetidos a julgamentos populares hilariantes.
Actualmente a justiça é só um mito
De legislação favorável ao poder mais alto!
Os media fomentam o terrorismo aos contribuintes
Servindo, na perfeição, á manipulação…
Ver comediantes, sem graça, auferirem bem,
Ou publicidade repetida a todos os instantes,
Ninguém compreende e muitos não sabem
Que afinal interessa, e muito, a distracção.
Ao menos, com a minha ignorância resisto.

 
Joantago