Tocar a vida, para ouvir o som do pensamento.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A minha ignorância penitente.


Quando eu vivia com pouco era feliz, tinha sonhos…
Não me metendo em política, ninguém incomodava,
Fazia a minha vida, à minha vontade, como queria…
Quase desconhecia termos como ditadura!
Porque era ignorante?! Se calhar, felizmente!
Depois aconteceram coisas que continuei a desconhecer,
Numa confusão de manifestações populares
Com violência, criminalidade e pilhagem indecente!
A isto chamaram democracia e eu não encontrava
A vida com melhores perspectivas, salvo a censura
Sobre o passado, novos ladrões a enriquecer
O seu património, à custa dos parvos que acreditaram
Nestes “salvadores”, espertos, de encantos tamanhos
Que se dedicaram à bandalheira e à cleptocracia!
Continuando ignorante, ainda não percebo nada
E admito, nesta condição, de passar por marciano,
Ou a viver numa ilha obscura, sem ver que esta cambada
Vai contribuindo lentamente para o meu engano!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Isabel ou Valentina?


Segundo uma das edições anteriores do Jornal “O Diabo” (corre o risco de ser um meio de comunicação com mais processos judiciais, na história da imprensa) publicou um artigo comparativo entre as “princesas” de África, filhas de um e outro Presidente de Repúblicas “Democráticas” de Angola (Isabel dos Santos) e de Moçambique (Valentina Guebuza) que “parece” serem“controladoras” das economias dos respectivos países nas áreas das pescas, electricidade, gás, cimentos, refrigerantes, turismo, banca, transportes, imobiliário, exploração mineira…

Com a crise que avassala Portugal, lembrei-me de me tornar empresário e começar uma carreira de emigrante num destes países, investindo no comércio de sonhos, de produção própria.

A minha preocupação é saber se a produção que pretendo escoar cai nalgumas das vertentes económicas da “alçada” de qualquer destas figuras reais, para calcular o risco do meu investimento, na questão da sua “interferência” na minha rentabilidade?!

Roma é, efectivamente, dos romanos mas estes não chamavam tanto à atenção para os seus impérios, apesar dos saques das batalhas…!

Além do mais e com base nesta notícia do referido jornal, que acabo de transcrever, o facto de Portugal estar hipotecado e eu, segundo as análises dos peritos em economia, que devo 20.000,00 € à Troika, preocupo-me substancialmente em pagar o que devo, restando-me a via empresarial como alternativa.

Assim qual das duas “princesas” me apresenta as melhores condições, ou seja, faz mais barato?

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Isto é o Cúmulo!

A greve nos portos e o desafio ao Governo

07/11/12 00:05 | Económico
Os estivadores dos portos de Lisboa, Setúbal, Aveiro e Figueira da Foz vão prolongar a greve que dura desde Agosto.

O teor da notícia aterrou-me de tal feita que me dispenso de a transcrever, ficando-me pelo título supra constante.
Continua pois, a guerra entre os que fazem a greve (ou sejam as suas razões) e os prejudicados pelas mesmas (os empresários, a população e "provavelmente" o governo).
De uma coisa teremos de estar certos: Este tipo de situações apenas estão a "cavar a nossa sepultura", comprometer o nosso futuro!
Implicitamente põe-se ainda uma questão: O País não está já, desgraçadamente, a ficar em perigo?
Segundo as "más-línguas", cada português vivo deve qualquer coisa como vinte mil euros! Este montante diz respeito ao dinheiro que foi roubado, ao que foi mal administrado (diga-se esbanjado) e aqueles que sempre pagaram o que (realmente?!) deviam ao estado, porque este lhes exigiu, são responsáveis pelos erros / desvios dos outros!
Realmente, a minha ignorância causa-me uma infelicidade tal, que cada vez que ouço um papagaio político bem-falante, dá-me vontade de lhe espremer os testículos até ele vociferar vinte mil marcas de alfinetes!

segunda-feira, 26 de março de 2012

Bom para Uns e Mau para Outros.

Onde nasci era bom para uns e mau para outros.
Para mim foi bom! Foi bom durante vários anos e, por extraordinário que possa parecer, era bom porque a vida fluía com trabalho, com harmonia e com valores. Nada, nunca "caíu do Céu" porque, como sempre ouvi dizer, para se conseguir algo é necessário fazer-se por obtê-lo (não se confunda obtenção?!). mas era bom ajudar os meus Pais, trabalhando nas férias escolares a troco da "Cama, Mesa e Roupa Lavada" e do pagamento dos meus estudos; era bom respeitar toda a gente e ser respeitado por todos; era bom viver em segurança, pois as autoridades cumpriam o seu papel e não se invertiam os termos...
Não duvido que fosse mau para os que não respeitando a Lei e sendo contra tudo e contra todos, em lugar de fazerem "pela vida", eram os "críticos clandestinos", construtores de ideias utópicas (de igualdade e solidariedade), mas destruindo o que era feito com sacrifício e determinação; Era mau para os ávidos do poder e de protagonismos.
Uns atribuíam um nome aos políticos governantes, outros chamavam-lhes outro nome qualquer!
Mudou-se tudo.
Hoje é bom para uns e mau para outros: Há liberdade (em demasia para uns e austera para outros), perigo, insegurança e medo!
É perigoso saber-se que a filiação partidária, o compadrio e a sobserviência são meios eficazes (únicos) de se garantir a sobrevivência social. É muito perigoso contestar-se os políticos, em geral, sem se sofrerem represálias, cujos prejuizos se desconhece como, quando e de que forma "acontecem" - isto é Democracia!
É inseguro quando se é roubado e agredido, a polícia não poder actuar, ou fazendo-o, correr-se o risco dos seus agentes serem punidos em processos disciplinares (in)convenientes. É muito inseguro quando o crime, após ser insistentemente publicitado, compensa e são indeminizados os seus "alegados ou eventuais" autores. - Isto é Democracia!
É medonho viver-se num presente hipotecado em tudo, na inevitabilidade de um futuro daí a instantes e admitir a incompetência e a irresponsabilidade de pessoas, que eram supostas governarem-nos e, ao contrário, governam-se e aos seus amigos. Tem-se medo de sair de casa e não regressar, ou, não saindo, confrontar-se com sentimentos tão precários que resultam nos procedimentos mais estranhos. - Isto é Democracia!
É bom para uns e mau para outros!
E tanto de bom, outro tanto de mau haveria para escrever, que me limito a deixar um conselho.
- NÃO VEJAM TELEVISÃO!